segunda-feira, 25 de abril de 2011

TERCEIRIZAÇÃO DA SAÚDE DA PRAIA GRANDE: UM DESASTRE.

A terceirização da saúde pública dá mais um exemplo concreto que é prejudicial  à população. O Governo do Estado não repassou  a quantia de 2.5 milhões para a Fundação ABC que administra o Hospital Irmã Dulce. Consequência: foram suspensos o atendimento em 50 leitos do Hospital. E a população da Baixada é quem paga com a ausência de atendimento hospitalar. Como estamos denunciando, a terceirização coloca em primeiro plano o Lucro dos Empresários da Doença. O Direito Básico de cada qualquer pessoa ser atendida é negado porque o que está acima disso é a Lucratividade. Quem está doente não pode esperar. É a lógica perversa que desrespeita os princípios básicos de humanidade.




Fundação e Estado não se entendem e Irmã Dulce fecha leitos.

Um atraso no repasse de cerca de R$ 2,5 milhões do Estado à Fundação ABC, que administra o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, fez com a direção da unidade resolvesse fechar as portas de 50 leitos que eram custeados pela Secretaria Estadual de Saúde, entre cirúrgicos e de UTI.
Dessa forma, os municípios da região que tentarem, através da Central Reguladora de Vagas, um desses leitos, mesmo que haja vagas, não conseguirão encaminhar pacientes.

Para o Município, a situação é diferente, uma vez que a Prefeitura arca com os custos de manutenção de outros 148 leitos do serviço.

De acordo com o superintendente do Irmã Dulce, Inácio Lopes Júnior, os atrasos estão ocorrendo desde janeiro. Em nota enviada através de sua assessoria de imprensa, Lopes Júnior informou que o hospital manteve o atendimento aos pacientes por 100 dias sem receber os repasses financeiros do Estado. E que foram várias as tentativas de negociação para evitar que a situação chegasse ao fechamento dos leitos.

O problema, conforme o superintendente do serviço, agravou-se com a não-prorrogação do contrato vigente com o Estado, cujo prazo terminou em 31 de março.

Com isso, a direção da unidade determinou a suspensão do atendimento nos leitos cirúrgicos de Neurologia, Cirurgia Geral e Ortopedia, e de UTI Adulto, que faziam parte do contrato firmado com o Estado.
Município
Também em nota, a Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande informou que “vem fazendo gestões diárias, junto ao Governo do Estado, a fim de buscar soluções sobre os repasses de recursos em atraso para custeio de 50 leitos do Hospital Irmã Dulce bem como sobre a renovação do convênio interrompido”. E que, “diante da grave situação, espera que haja uma urgente solução para o impasse”.
Procurado por A Tribuna, o coordenador da Agência de Saúde da Baixada Santista, David Uip, informou que o prefeito Roberto Francisco já teria entrado em contato com o Governo do Estado a fim de solucionar o problema.

“Conversei com o secretário Adriano (Bechara) e com o prefeito no sentido de agilizar a solução”, afirmou Uip. “Eu entendo que vai ser superado imediatamente. Não vejo nenhuma dificuldade em resolver essa questão”.
 Fonte: A Tribuna On Line

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